Rafa na HEC - setembro de 2020
A ideia era fazer uma viagem de carro e aproveitar para curtir o caminho mas a pandemia não permitiu passar pela Espanha. Voltando um pouco no tempo, o programa original era levar o Rafa e a Emília de carro e fazer várias paradas pelo caminho. O corona vírus atrapalhou essa viagem. Enfim, o Rafa chegou e nós fomos de avião mesmo encontrar com ele. Uma pena que a Emília ainda não conseguiu ainda o visto.
Voo no sábado sete horas da manhã e com direito a ver o dia amanhecendo. O conceito de "distanciamento social" dentro do avião não existe. Avião lotado e passageiros dividindo o mesmo braço da poltrona. Respira e vai.
Pegamos o carro e em vinte e cinco minutos chegamos ao hotel e o Rafa estava na porta esperando. Lindo e fofo, como sempre!!
Descemos a pé para a cidade num caminho de quinze minutos. Isso! Descemos porque na volta, su-bi-mos! A cidade é como uma vila portuguesa, bem pequena. Duas ruas de comércio com farmácia, padaria, banco, uma lavanderia que faliu e alguns poucos restaurantes. Almoçamos no terraço de um lugar bem charmoso. Primeira vez comendo em restaurante e administrando a máscara. Frango com molho de cogumelo e lâminas de cenoura super temperadinhas.
À noite fomos para Versalhes e tentamos ir a uma queima de fogos no palácio. Só tentamos e desistimos na fila porque estava lotado e terrivelmente assustador. Eu fiquei seis meses confinada em casa e, de repente, me vejo cercada por uma multidão. Desistir foi a melhor decisão!
Agora, a tarefa era achar um restaurante. Perdidos na noite, o Rafa pegou como referência o McDonald’s no Google Maps. Segundo ele, onde tem McDonald's, tem tudo. E acertou! Achamos vários lugares interessantes. Comemos crepes servidos por uma portuguesa. O meu era de presunto parma, queijo brie e mel. Pensa na delícia!!!
No domingo, tentamos tomar café na cidade mas tudo estava fechado. Seguimos então, para conhecer os Jardins de Monet em Giverny e comemos na estrada. Café com croissant em estrada na França também vale a pena.
O dia estava lindo e quente. Os jardins são lindos e super inspiradores. Depois, o passeio segue para a casa de Monet e um galeria com exposição de pintores americanos que aprenderam com Monet. Na hora do almoço passeamos pela cidade com a difícil tarefa de encontrar um lugar para comer. Mesmo em época de pandemia, sem planejamento prévio é difícil encontrar um lugar. Pegamos a estrada e procuramos uma cidade maior nos arredores. Paramos em Vernon e, para nossa surpresa, todos os restaurantes estavam fechados. Francês não gosta de trabalhar no domingo. Acho que ficam andando de bicicleta o dia todo. A única opção era um kebab com o carinha vestido à caráter. Ainda bem que estava muito bom!!!
Na volta, o Rafa foi jogar vôlei e eu resolvi me planejar para o jantar. Descobri que não teria nada aberto num raio de 40 km. Nunca vi isso! A opção foi o restaurante do hotel e a surpresa foi muito boa. Comida deliciosa e com preço justo. Minha salada com tomates da fazenda ao lado estava demais.
Segunda feira, conseguimos tomar café da manhã no único lugar aberto no centro da cidade. Eles também não trabalham muito nesse dia. Percebi que a maioria só volta a funcionar a partir de meio dia de terça.
Depois, fomos conhecer a fazenda de produtos orgânicos que fica ao lado da HEC. A loja é o máximo! Da vontade de comprar tudo. Molhos, geleias, queijos, iogurtes, legumes .... tudo da produção deles. Só comprei um iogurte maravilhoso. O mais legal é que a fazenda é aberta para qualquer pessoa entrar, pegar o carrinho de mão, colher e pagar na saída. Fica cheio de famílias.
Rafa foi estudar e nos fomos até o shopping. Na praça de alimentação foi um drama pra decidir. Adorei o restaurante do Vietnam mas comida esquisita escrita em francês não ia rolar de jeito nenhum. Fish and chips foi a opção.
Edson disse que eu atraio vendedor que fala português. Entramos numa loja e perguntamos se ela falava inglês. Disse que mais ou menos. Rolou a conversa. De repente eu virei pro Edson e disse alguma coisa em português. Aí a menina falou: eu falo português. Meus avós são portugueses. Isso sempre acontece comigo!
À noite voltamos ao shopping com o nosso "guia" e conseguimos comer no restaurante vietnamita. Que delícia!! Comi um pão cozido no vapor com recheio de carne desfiada.
No dia seguinte, foi uma aventura até Paris. Loucura andar de carro em Paris e conseguir uma vaga. Fomos conhecer a Basílica de Sacré Coeur e depois, passeamos pelas rua do bairro Montmartre. Almoçamos num restaurante italiano delicioso. Que saudade que eu estava de uma boa massa italiana. Depois demos uma escapada para descansar e fugir do sol no Jardim das Telheiras ( o primeiro jardim público de Paris).
Nos próximos dias, o Rafa teve aulas e nós fomos conhecer outras cidades. Visitamos Chantilly que tem um castelo bonito (mas não gostei muito da parte interna). Os jardins são ótimos para caminhar porque têm muitas árvores. E bem escondidinho tem um restaurante muito legal pra comer ao ar livre e com os patinhos em volta da mesa. A comida não é uma Brastemp mas a sobremesa é de comer rezando. Sorvete natural de frutas vermelhas com o autêntico chantilly. Depois passeamos pela simpática rua de comércio da cidade.
Também fomos conhecer Rouen que é a capital da Normandia. Uma cidade com um centro em estilo medieval e casas típicas que misturam "barro" (ou não sei o que) e toras de madeira. Almoço típico: crepe com vinho rosé. E 10 kg de bomba de chocolate como sobremesa.
Na sexta feira, fomos ao restaurante vietnamita sozinhos. Tudo dominado! Pedi o mesmo prato pra não ter erro e sai super feliz. Aproveitamos para comprar umas almofadas para a casa deles e o presente de aniversário da Emília.
O Edson queria comemorar o aniversário dele em Paris mas a experiência de terça feira nos desanimou um pouco. Trânsito, ruas estreitas e lotadas, dificuldade para estacionar e restaurantes cheios. Pedi dica com a Cândida e ela nos sugeriu conhecer Barbizon. Cidade simpática cheia de pequenas galerias de arte em uma rua de pedras e restaurantes super bem avaliados. Tudo com reserva! E nós, não fizemos! Eu, como sempre, achando que, por causa do vírus, ninguém passeia. Doce engano!! Ainda bem que achamos uma portuguesa simpática que nos acolheu e montou uma mesa no meio da calçada com a maior boa vontade. Aniversário bem comemorado! Vinho francês, entrada de embutidos da região, comida boa e sobremesa melhor ainda. Matei o meu desejo de comer "ile flottante" (ovos nevados). Depois seguimos para Fontainebleu e passeamos nos jardins do castelo. Com direito a um pequeno concerto de música clássica.
A noite comemos um hambúrguer de frango que o Rafa comprou no food truck que fica dentro da HEC. Esqueci de falar que no primeiro dia conseguimos entrar e ir até o apartamento dele. Mas no dia seguinte, era outra pessoa na portaria e não nos deixou entrar. Regras por causa da pandemia.
Último dia e, como é domingo e já sabíamos que tudo fechava, resolvemos fazer um piquenique. Passamos na loja da fazenda e compramos baguetes, manteiga, queijo, presunto, bolinhos, biscoitos, uvas e suco. O Rafa levou toalha, talheres e copos. Achamos uma mesa na subida (sofrida) do Castelo de Madeleine e comemos ao melhor estilo francês.
No dia seguinte, volta pra casa. Deixamos o Rafa para começar o primeiro dia de aula. Agora é torcer para o próximo encontro e com a Emília junto.
Todas as fotos estão no álbum "2020 setembro - HEC com o Rafa"
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