Califórnia - setembro de 2017

 Que sonho! Fomos conhecer a Califórnia!

Saída de Brasília e não lembro onde foi a conexão mas, em algum momento, nós chegamos. Primeira parada: São Francisco. Um dia inteiro ficamos sozinhos e no dia seguinte o Bruno chegou de Davis, onde ele estava fazendo estágio. 

Apesar de verão, não tem como andar sem casaco naquela cidade. Principalmente na Golden Gate, onde o vento parece que vai jogar alguém lá de cima. 

Conhecemos os principais pontos turísticos, claro. Coisa mais fofa aquele monte de leão marinho deitados ao sol como se não houvesse amanhã. A cidade é linda e toda florida. Uma coisa ruim chama a atenção. A quantidade de pessoas morando na rua. Gente deitada em todos os cantos e até nas portas dos hotéis. 

O Bruno escolheu um restaurante francês que eu não lembro o nome (acho que era Matilda). Parece bobagem mas eu comi uma salada de tomates que estava um sonho. Aliás, comi salada em todos os restaurantes que passamos. Nem sei dizer qual foi a melhor. Só lembro que foi onde eu aprendi a colocar pêssego grelhado nas minhas saladas.

Também enfrentamos uma fila pra comer pão na padaria que o Edson queria conhecer, a tartine bakery. Ele tinha o livro e sabia toda a história do proprietário e do lugar. Pequena, rústica e com mesas compartilhadas. Nem precisa dizer que tudo estava uma delícia. No primeiro dia compramos e saímos pra lanchar em um parque perto. Mas em outro dia conseguimos um lugar lá dentro.

Depois de três dias na cidade, pegamos o carro e fomos para o nosso próximo destino: Davis. Algumas horas na estrada e entramos na cidade. Bruno quis ir ao mercado e quando descemos do carro, onde estávamos a salvo pelo ar condicionado, foi o maior susto. O sol era tão forte, mas tão forte, que parecia que tinha alguém enfiando facas nas minhas costas. Então era verdade mesmo quando ele dizia que lá era quente? Nem botava fé.

Fomos para a casa alugada. Parecia a casa da branca de neve de tão pequena e fofa. Tinha um pequeno jardim na frente e uma mesa onde a gente tomava café da manhã cedo curtindo o sol que ainda não era forte.

Ali a rotina era assim: Café da manhã, arrumar a marmita do trabalhador, Bruno no trabalho e, eu e Edson na rua batendo perna. A gente passava o dia todo explorando a micro cidade. No final da tarde, passava no mercado e comprava os ingredientes para fazer o jantar. Voltava pra casa, preparava tudo e esperava o Bruno para o jantar. Tudo sempre regado a muito calor e suor. Nem no auge do verão carioca eu senti tanto calor.

Adorei conhecer os mercados da cidade. Tinha um mais pertinho que era só com produtos das fazendas da região. Muita coisa diferente e deliciosa. Em alguns dias a gente pegou a estrada e foi conhecer cidades próximas. Lembro de Sacramento e Folson.

No primeiro final de semana viajamos para Carmel, a cidade que não tem iluminação noturna. Muita gente anda com lanterna. Passamos por outras cidades muito legais também. Inclusive a estrada onde foi gravada a série Big Little Lies. Carmel tem praias e muitas ruas legais para caminhar. É uma espécie de Búzios pra rico. Difícil conseguir encontrar lugar nos restaurantes. Só fazendo reserva.

Ficamos em um hotel bem diferente. A porta do quarto era na calçada. E como ela abria em cima e em baixo, a gente podia ficar com a parte de cima aberta e olhando quem passava.

No outro final de semana fomos para Napa Valley. São várias cidades e nós escolhemos Santa Rosa, que é bem pequena. Eu tinha reservado um hotel bem mais ou menos. Edson foi lá e deu um up grade na minha reserva. Alugamos uma casa que era uma gracinha. Ficava na parte dos fundos da casa principal. Do nosso jardim, tinha um caminho que levava a uma pequena montanha com bancos em baixo das árvores. Delícia ficar sentada e só "contemplando" a beleza do lugar. Um dia recebemos essa pequena visita na porta da casa. No mês seguinte, a cidade foi devastada por um incêndio. 

 

Visitas na porta de casa

Passeamos nas outras cidades vizinhas e passamos por estradas deslumbrantes. Vinículas por todos os lados e parece que foram desenhadas nos campos. Foi uma surpresa saber que tinha um museu do Snoopy nessa região. Um lugar bonitinho e com muitas atrações para crianças. Mas a gente se divertiu assim mesmo. Na estrada também encontramos o The Culinary Institute of America Greystone. Uma arquitetura belíssima. Mas aberto apenas o andar térreo e a lojinha. 

Bruno sempre por conta do roteiro e de escolher lugares para comer. Em Napa Valley são, mais ou menos, 40 km de um caminho que passa por várias cidades e pequenos lugarejos. Acho que a maior cidade é Napa que também tem um mercado grande com vários restaurantes. Andamos em tudo mas acabamos almoçando fora do mercado. Escolhemos o italiano Allegria e estava maravilhoso. Como o Edson estava dirigindo, só eu tomei o vinho da uva zinfandel. Em dois dias a gente consegue conhecer toda a região. É difícil dizer qual a cidade mais bonita. Assim como é difícil escolher um lugar para comer. As avaliações são sempre ótimas. 

Na cidade que ficamos, fomos jantar dois dias no Bird & The Bottle. Uma mistura de bar e restaurante. Lá eles servem pequenas porções como se fossem entradinhas. Não lembro o que escolhemos mas sei que adoramos tudo. Inclusive as sobremesas nos potinhos.

No último dia, tomamos um café da manhã divino no The Pharmacy. Só a decoração do lugar já faz a gente perder um tempão olhando todos os lugares. E depois, com calma, fazer a melhor escolha e não entender porque não descobriu esse lugar antes.

As fotos estão no álbum do Google fotos - 2017 Califórnia